Estava à caminho da faculdade quando um senhor, baixa estatura, barba e bigode grandes de cor castanha mas escuros por falta de cuidados, voz rouca e arrastada, entrou no ônibus pela porta traseira. Caminhava com dificuldade de poltrona em poltrona sussurando:
- Com licença, desculpe incomodar..
E de poltrona em poltrona entregava bolinhas coloridas (semelhante aos saudosos ovos de dinossauro ) agrupadas em fileira dentro de uma embalagem plástica. Em anexo, seguia um pequeno bilhete impresso:
"Ninguém é tão ninguém que não precise de alguém como eu preciso de você."
Coisas do povo.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
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2 comentários:
Quando eu voltava a noite do pH, quase sempre alguém entrava no ônibus me entregando alguma coisa -seja chocolate, bala ou falando de casas de recuperação - com um papel junto com uma frase dessas de humanidade.
Sempre tem! E não deixo de achar interessante hehe
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