terça-feira, 29 de abril de 2008

Delirium


Impulso, compulsão objetiva ou como alguns gostam de dizer.. inspiração, aliás, um termo politicamente polêmico. O que seria inspiração senão a compreensão imediata de uma idéia?


Pode ser que essa opinião seja sintética demais, e de fato, é. A mente possui uma capacidade incrível de abstração e contextualização de conceitos exercitados a todo instante. No momento em que esses cálculos e arranjos são percebidos, o sujeito salta, vibra, comemora e verbaliza a surpresa fantasiada de divindade hindu :"É isso!".
O "isso" , na verdade, sempre esteve lá, maravilhosamente humano e natural. É pena que os nossos olhos tenham dificuldade de enxergar por trás, do contrário, quem sabe, o descobriríamos mais cedo.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

O Homem de óculos




Em homenagem ao trabalho de história sem as fontes nem as músicas desejadas mas que rendeu um considerável reconhecimento! Poesia intitulada "O homem de óculos" por Yêda Schmaltz.





Eu amo o homem de óculos.


Eu amei todos os homens de óculos.


Pra mim,


a parte essencial,


a parte inevitável do homem,


é plural:são os óculos.


Porque os óculos sempre participamdo meu amor,


barroco amor em crise;os óculos são um fetiche:


há sempre o momentodos óculos fazerem strip-teasee


daí o homem fica vesgo de amor


e os olhos do homemficam trasprafrente,transparentes.


Eu amo a mais os homens vesgos e estrábicose estigmáticos.


A tortura dos olhos do homem


me tortura,me estigmatiza.


(Ah, toda a doçura,toda a pieguice,toda a gostosura


que há na vesguice...)


Porque é sério,é muito sério mesmo, meu poeta,


o homem atrás dos óculos;


mas quando ele os retira,se transforma,


há um pretextopra ficar o outro homem


e a gente amacomo se cometesse um incesto.


Eu amo os homens de óculos


porque foram capazes de se cegarem


diante de mim e de me amar (amarem?)


de me amar sem nenhuma visão,que a do seu próprio e mais cego


coração(a grandiosa visão de um só momento).


Eu amo os homensque foram capazes


de me enxergar


por dentro.

trabalhos e feriado bem-sucedidos! :)


A semana dos primeiros trabalhos-provas terminou, mas a exaustão valeu a pena, pois acredito que boas notas virão! Além disso, o feriado ainda compensou todo o cansaço que me fez até esquecer da correria anterior.


Saquarema é assim, simples. Mas tem lá o seu charme, a sua singularidade e uns spots surpreendentes, daqueles que te faz pensar em muito e em nada ao mesmo tempo. Os primeiros dias foram nublados, chuvosos, no entanto, não é por causa do clima instavel que tudo se desmorona. As vzs até pode tornar-se melhor..


Foi no último dia mesmo que surgiu O Sol e foi olhando para as conchinhas que o Marcus catava e as desenhava em cima dos meus joelhor que tive uma idéia fantástica! Não dei um pulinho típico mas fiz um beijo e um mergulho no mar de águas mornas ( característica fora do comum ) e graças as conchas muitas possibilidades foram brotando da minha mente para os futuros produtos da disciplina de projeto do IBC :)



foto: meu amigo Serguei, um ícone de Saquarema.





quinta-feira, 10 de abril de 2008

Breve introdução ao art noveau


Art Noveau 1880-1914, auge em 1914.


Enraizado no historicismo, traz como temática a mulher, a natureza, o orgânico e o exótico. É nada menos que uma reação à massificação e a diversidade da produção intensa de estilos e artigos da época.


Junto com o movimento Arts&Crafts, originou o que chamado design moderno.


Alphonse Mucha, Emile Gallé, Henry Van de Velde, Antonio Gaudí e Gustav Klint são alguns destaques do Art Noveau.


terça-feira, 8 de abril de 2008

Primeiras palavras


Já ganhei muitos diários quando criança. Os parentes provavelmente achavam que eu tinha muitos segredos internos ou que de algum modo a garotinha de cabelos cacheados nasceu com mãos inquietas para escrever.

Acontece que nunca me atraíam os tais diários. Eu até fazia um certo esforço para gostar daquilo mas no máximo surgiam alguns comentários nas duas primeiras páginas. Aquele "Querido diário" nunca me convenceu da dita intimidade, muito menos as pequenúsculas chavinhas me convenciam de um segredo guardado.

Passaram-se alguns anos e a mesma garotinha de cabelos cacheados está aqui. Desisti dos diários misteriosos, porém não de escrever. Fogo nos papéis, dedos no keyboard!